quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Stoned- o Filme

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Poster promocional do filme sobre Brian Jones


Finalmente, como um fã dos Roling Stones, consegui assistir ao filme sobre os últimos dias da vida de Brian Jones- Stoned- Dirigido por Stephen Wooley e estrelado por Leo Gregory no papel de Brian. O filme já chegou a ser exibido até no Festival Internacional do Rio, mas com tantas opções no festival, é difícil de conciliar.

A história do filme é toda na tese de que Frank Thorogood (Paddy Considine)- uma espécie de mestre de obras que foi contratado para reformar a casa de Brian (Cotchford Farm - antiga propriedade de Alan Alexander Milne, criador das histórias do ursinho Pooh, que Brian era grande fã) e o assassinou na piscina de sua casa, por uma discussão sobre uma dívida que o guitarrista dos Stones teria com Frank.

Uma história ainda muito mal contada, cheia de teorias conspiratórias, e até hoje vem sendo questionada pela polícia britânica, e ao mesmo tempo é o ponto forte do filme, e bem retratada segundo os relatos da época. Jones apareceu morto no fundo de sua piscina, na sexta-feira 13 de Julho de 1969, num dia em que as condições do adorável clima britânico, não eram muito propensos para um asmático nadar a noite e completamente drogado. Estavam na casa, Brian e sua namorada Anna Wholin, Frank, e a enfermeira, Janet Lawson. Os dois ficaram na piscina e Frank entrou para buscar uma toalha e um cigarro. Janet, foi quem encontrou o corpo de Brian e pediu ajuda aos demais.

Em seu leito de morte, Frank confessou a que havia matado Brian, porém esta informação nunca foi confirmada. O que de fato aconteceu, foi a perda da vida do músico virtuoso que colocou um anúncio num jornal para formar uma banda de rythm and blues e nomeá-la em homenagem a uma canção de Muddy Watters- Rollin’ Stone.

O roteiro do filme é fraco, se perde um pouco nas histórias reais e no drama que querem acrescentar a história. Porém vale a pena parabenizar a equipe de caracterização de maquiagem, figurino e cenografia. Boas referências aos modelos usados pelos Stones, seus instrumentos, cabelos, roupas e a reprodução da casa da sala de Jones através de registros da época. É possível reconhecer os modelos dos instrumentos utilizados por Brian ao longo de sua carreia. Como cítaras, a guitarra oval branca, sua camisa com as cores da bandeira norte americana, as garrafas de Beaujolais sendo intornadas por Brian (como a que aparece  uma que ele segura no álbum Baggers Banquet o ultimo álbum de Brian completo com um Stone. Em Let it Bleed há apenas "participações" dele em algumas gravações).

Os próprios Stones consideram o filme uma porcaria. Bill Wyman, baixista original da banda, foi um de seus maiores críticos. Claro, nem o rosto do ator que o representa aparece no filme. Se Wyman, que é discreto, melhor nem mencionar sobre as declarações de Keith Richards sobre o filme né?

Mesmo com críticas a parte, por também tratar-se de um personagem principal muito polêmico, o filme consegue retratar um pouco da autodestruição e as excentricidades de Brian. Cenas dele completamente fora de si, como na reprodução da cena em que os Stones estão em estúdio para as filmagens com Godard do filme One plus one- que ficou mais conhecido pelo público como Sympathy for the Devil. Ou em cenas de arrogância de Brian ao dar ordens  a Frank,  reforçando o início de sua avença com o fundador dos Rolling Stones.

A sua relação com Anita Pallemberg na trama, aparece um pouco confusa, deixando o espectador leigo da historia a certeza sobre a verdadeira relevância dela na história, e a polemica viajem ao Marrocos aonde foi que Keith Rochards a robou de seu parceiro de banda. Também para quem não conhece a História dos Stones, não entende com opor exemplo ele participou das gravações como protagonista e compositor da trilha sonora do filme estrelado por Anita, A Degree of Murder.

Apesar dos erros cometidos pelo filme, ainda assim vele a pena assisti-lo. Não deixa de ser um relato sobre a maior banda de rock de todos os tempos e é claro, um dos raros registros sobre um dos primeiros, se não o primeiro, rock star e sua decadência, chegando em sua morte aos 27. (Eita idade boa de morrer ícones do rock heim? Recentemente tivemos a Amy, sem esquecer Jimi Hendrix, Robert Jhonson, Kurt Kobain, Jim Morrisson, Janis Joplin...) Living a sex drug and rock and roll style.

No final do filme uma alusão ao poema “Adonais” de Shelley recitado pór Jagger no lendário concerto no Hyde Park de Londres, 3 dias após a sua morte.  Paz, Paz, Ele não morreu. Ele despertou do sonho da vida!
Afinal pedra que rola não cria limo!

Créditos:
Stoned (Reino Unido, 2005)
102 Min Direção: Stephen Wooley
Roteiro: Neal Purvis e Robert Wade
Estrelando: Leo Gregory, Paddy Considine e David Morrisey


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