terça-feira, 3 de janeiro de 2012

2012 com Gosto com Gosto



Fachada do melhor restaurante mineiro pela revista 4 Rodas em Mauá - RJ


Após uma noite de Ano Novo de paz, o primeiro restaurante do Ano escolhido foi o "Gosto com Gosto", situado na vila de Visconde de Mauá, pertencente ao município de Resende, nas montanhas fluminenses. Típico de comida mineira, é perfeito para quem quer repor as energias etílicas gastas na noite anterior.

A curiosidade sobre esse lugar já era antiga. A sua fama de excelência já é desde de 2005, quando ganhou pela primeira vez o prêmio de de melhor restaurante mineiro pelo guia 4 Rodas. Ainda ganhou os outros 3 anos consecutivos. No mínimo curioso, um restaurante mineiro ser localizado no estado do Rio. A mídia  envolvendo a Chef-proprietária Mônica Rangel, que chegou apresentar receitas no programa da Ana Maria Braga. E é claro, na fama da sua enorme coleção de cachaças, divulgadas com mais de 640 rótulos da nossa aguardente. Tinha que ir lá!

Para chegar não tem erro. O restaurante fica localizado logo na rua principal de Mauá (senão a única) e logo uma placa indica que ali há um restaurante de comida mineira contemporânea. O ambiente é muito acolhedor. Tons pastéis harmonizam a decoração. Mesas simples com cadeiras confortáveis, e muitos pratos de cerâmica espalhados pelas paredes de tijolos. Também encontram-se por lá, fotos de chefs e celebridades que já aprovaram o Gosto com Gosto.

Ao solicitar a carta de cachaças para o garçon, fiquei surpreso. Ele me informou que não havia no momento, pois estavam passando por mudanças. Tive que optar pela a da casa. Muita pimenta no final mas um bom retrogosto. A entrada logo foi presentada por um clássico mineiro com uma roupagem moderna. Angu com linguiça, que é produzida no próprio restaurante, servidas com molho de tomate e queijo gorgonzola.

O prato principal, está escrito no menu que é para 2 pessoas. Mas se o cliente não lê direito, perceberá que é para uma família. Frango inteiro cozido na panela de pedra sabão, ora-pro-nóbis (uma verdura mineira muito nutritiva com cara de folha de figueira e com sabor de espinafre), servido com arroz, feijão mulatinho e angu. Nossa! quanta comida! Tudo com Gosto com Gosto. E a reposição de energias (e calorias) para 2012 já foi feita!


Serviços:
Restaurante Gosto com Gosto
Funcionamento: Dom a Qui das 12h00 as 18h00
                        Sex e Sab das 12h00 as 20h00
                        Não abre as Terças em baixa temporada

Rua Wenceslau Bráz 148 Visconde de Mauá
Tel: (24) 3387-2004 Fax: (24) 3387-1382
E-mail: gostocomgosto@uol.com.br

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Stoned- o Filme

File:Stonedmp.jpg
Poster promocional do filme sobre Brian Jones


Finalmente, como um fã dos Roling Stones, consegui assistir ao filme sobre os últimos dias da vida de Brian Jones- Stoned- Dirigido por Stephen Wooley e estrelado por Leo Gregory no papel de Brian. O filme já chegou a ser exibido até no Festival Internacional do Rio, mas com tantas opções no festival, é difícil de conciliar.

A história do filme é toda na tese de que Frank Thorogood (Paddy Considine)- uma espécie de mestre de obras que foi contratado para reformar a casa de Brian (Cotchford Farm - antiga propriedade de Alan Alexander Milne, criador das histórias do ursinho Pooh, que Brian era grande fã) e o assassinou na piscina de sua casa, por uma discussão sobre uma dívida que o guitarrista dos Stones teria com Frank.

Uma história ainda muito mal contada, cheia de teorias conspiratórias, e até hoje vem sendo questionada pela polícia britânica, e ao mesmo tempo é o ponto forte do filme, e bem retratada segundo os relatos da época. Jones apareceu morto no fundo de sua piscina, na sexta-feira 13 de Julho de 1969, num dia em que as condições do adorável clima britânico, não eram muito propensos para um asmático nadar a noite e completamente drogado. Estavam na casa, Brian e sua namorada Anna Wholin, Frank, e a enfermeira, Janet Lawson. Os dois ficaram na piscina e Frank entrou para buscar uma toalha e um cigarro. Janet, foi quem encontrou o corpo de Brian e pediu ajuda aos demais.

Em seu leito de morte, Frank confessou a que havia matado Brian, porém esta informação nunca foi confirmada. O que de fato aconteceu, foi a perda da vida do músico virtuoso que colocou um anúncio num jornal para formar uma banda de rythm and blues e nomeá-la em homenagem a uma canção de Muddy Watters- Rollin’ Stone.

O roteiro do filme é fraco, se perde um pouco nas histórias reais e no drama que querem acrescentar a história. Porém vale a pena parabenizar a equipe de caracterização de maquiagem, figurino e cenografia. Boas referências aos modelos usados pelos Stones, seus instrumentos, cabelos, roupas e a reprodução da casa da sala de Jones através de registros da época. É possível reconhecer os modelos dos instrumentos utilizados por Brian ao longo de sua carreia. Como cítaras, a guitarra oval branca, sua camisa com as cores da bandeira norte americana, as garrafas de Beaujolais sendo intornadas por Brian (como a que aparece  uma que ele segura no álbum Baggers Banquet o ultimo álbum de Brian completo com um Stone. Em Let it Bleed há apenas "participações" dele em algumas gravações).

Os próprios Stones consideram o filme uma porcaria. Bill Wyman, baixista original da banda, foi um de seus maiores críticos. Claro, nem o rosto do ator que o representa aparece no filme. Se Wyman, que é discreto, melhor nem mencionar sobre as declarações de Keith Richards sobre o filme né?

Mesmo com críticas a parte, por também tratar-se de um personagem principal muito polêmico, o filme consegue retratar um pouco da autodestruição e as excentricidades de Brian. Cenas dele completamente fora de si, como na reprodução da cena em que os Stones estão em estúdio para as filmagens com Godard do filme One plus one- que ficou mais conhecido pelo público como Sympathy for the Devil. Ou em cenas de arrogância de Brian ao dar ordens  a Frank,  reforçando o início de sua avença com o fundador dos Rolling Stones.

A sua relação com Anita Pallemberg na trama, aparece um pouco confusa, deixando o espectador leigo da historia a certeza sobre a verdadeira relevância dela na história, e a polemica viajem ao Marrocos aonde foi que Keith Rochards a robou de seu parceiro de banda. Também para quem não conhece a História dos Stones, não entende com opor exemplo ele participou das gravações como protagonista e compositor da trilha sonora do filme estrelado por Anita, A Degree of Murder.

Apesar dos erros cometidos pelo filme, ainda assim vele a pena assisti-lo. Não deixa de ser um relato sobre a maior banda de rock de todos os tempos e é claro, um dos raros registros sobre um dos primeiros, se não o primeiro, rock star e sua decadência, chegando em sua morte aos 27. (Eita idade boa de morrer ícones do rock heim? Recentemente tivemos a Amy, sem esquecer Jimi Hendrix, Robert Jhonson, Kurt Kobain, Jim Morrisson, Janis Joplin...) Living a sex drug and rock and roll style.

No final do filme uma alusão ao poema “Adonais” de Shelley recitado pór Jagger no lendário concerto no Hyde Park de Londres, 3 dias após a sua morte.  Paz, Paz, Ele não morreu. Ele despertou do sonho da vida!
Afinal pedra que rola não cria limo!

Créditos:
Stoned (Reino Unido, 2005)
102 Min Direção: Stephen Wooley
Roteiro: Neal Purvis e Robert Wade
Estrelando: Leo Gregory, Paddy Considine e David Morrisey


quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Um verdadeiro Boteco Mineiro Uai



O pé de cana que "nasceu" ali  (foto: C.Mourão)

Para quem vai a Belo Horizonte, a dica é não deixar de conhecer um dos botecos mineiros mais tradicionais, O "Pé de Cana" para os íntimos, ou simplesmente, o "Bar do Antônio". 

Diz a lenda que o antigo proprietário costumava jogar um pouquinho de cachaça num canteiro que ficava em frente do bar, para "dar pro santo". Um belo dia, um grupo de frequentadores (provavelmente muito bêbados), resolve colocar um pé de cana no local, como se ele tivesse nascido ali de tanto ser regado com cachaça. 

Com o passar dos anos o bar sofreu uma mudança, passando para o outro lado da rua. Os mesmos frequentadores (desta vez estavam bêbados, não é possível!) fizeram uma grande logística para passar o pé de cana para o novo bar. E o pé está la até hoje!
 
Na parte de dentro o ambiente rustico te deixa à vontade. Para entrar melhor ainda no clima mineiro, os garçons sempre atenciosos fazem parte do cenário. No cardápio cachaças mineiras, é claro. São tantos rótulos e tantas opções que até para pegar exige um aparato especial, um longa vara de madeira que na sua extremidade consegue "pescar" a garrafa pelo gargalo. Mas se preferir optar por cervejas, há ainda no cardápio, Brahma, Original, e a rara de se encontrar no Rio, Serra Malte a R$ 6,20. Já os petiscos, destaque para a dobradinha com polenta, para duas pessoas é de chorar!


Serviços:Bar do Antônio
Rua Flórida, 15 Sion
Tel.: (31) 3221-2099
Funcionamento: De Seg a Sab das 11h00 as 01h00 - Domingos até as 19h00
                        

Um digno Happy Hour

Com espumantes, a animação é que não vai faltar (foto T.Saraiva)




Se você acha que no Rio, quando se fala em happy hour, é aquela turminha do trabalho sem graça, com rodada dupla de chopp? Está na hora de frenquentar outros ares, pois há um bar que se salva desta mesmice. Ele só poderia se chamar Ovelha Negra.

Esqueça a dose dupla de Caldereta e TV com jogos. No Ovelha Negra não tem nada disso. O negócio lá é beber champagne. Não há TV Graças a Deus passando jogo algum. As 19h30 a pequena casa de Botafogo já está lotada e com uma fila competente na porta, de secretárias, advogadas, executivas... ávidas em se divertir.

Seleção musical agradável comandada pelo "DJ Randon" numa sequência animada e altura tolerável entre o dançar e conversar, o que facilita a escolher no cardápio a grande variedades de espumante. A casa só trabalha com espumantes! Não tente pedir um whisky, uma cerveja, a resposta será sempre Não! Há rótulos nacionais e importados. Entre tantas opções, a dica é perguntar para o garçom sobre o espumante da casa ou sobre promoções.

Lá pelas 22h00 com muito papo, muito espumante e muita música, os frequentadores começam a ficar mais animadinhos, tá aí o motivo porque a casa já ganhou alguns prêmios de melhor bar de azaração. Nós do Pequeno Observador dá uma dica. Estamos na rua Bambina! E amanhã é mais um dia de trabalho!


Serviços:
Champanharia Ovelha Negra
Tel.:2226-1064 
Rua Bambina, 120 - Botafogo 
Funcionamento: De Segunda a Sexta das 17h00 as 23h00

O paulista com alma carioca

40 caipirinhas de uma vez! É só para quem pode, e a equipe do Astor pode! (foto: V.Cardoso)


Cariocas que me perdoem, mas os paulistas entendem de bar. Sim, estamos falando do Astor, que é um sucesso no Rio. Não só pela a sua localização, que é um espetáculo, ali no início da praia de Ipanema, o único bar que fica na orla de Ipanema/Leblon, de frente para o mar. Isto mesmo, aonde funcionava o caquético e tradicional Barril 1800. Mas o que mais chama atenção a a consistência no bar.

Ah o bar. São poucos bares da cidade que se preocupam com a qualidade de seus produtos. E de seu Staff também. A equipe de bar é muito bem treinada e conhecedora da cultura etílica. O Bloody Mary (R$21,00) por exemplo, é um dos melhores da cidade! Misturam o contemporâneo com o clássico. Ao invés de baterem na coqueteleira, simplesmente passam a bebida levemente de uma coqueteleira para outra, para não "aguar" muito o drink (técnica conhecida como throwlling)   um dos poucos que segue a tradição do aipo como guarnição e copo crustado com sal de aipo.

Mas para esses dias frios, a recomendação do chef de bar, o também paulista Marcos Néia, é o clássico Side Car (Cognac de sua preferência, Cointreau, e suco de limão). É ótimo pra quem está com a garganta meio baleada!

Para quem não é adepto ao coquetéis, não se preocupe, o chopp também é uma atração à parte. Muitíssimo bem tirados. Quer mais? ah sim, há guloseimas também de extrema qualidade.  Ficamos com os clássicos Steak Tartar Clásico (R$ 38,00) e a Porção Mista de Pastéis (R$ 22,00) com bastante recheio de sequinhos!

O charme todo fica por conta da decoração simples e elegante. Salão clean bem iluminado, bancos de couros, e fotos do Rio antigo. Estes elementos compõem um estilo que todos os cariocas aprovaram. E lá aparece de tudo. Artistas, globais, gringos querendo um ótimo lugar a beira da praia, riquinhos se exibindo com suas Ferraris e Harley Davison's na porta, e muito anônimos interessantes. O último caso interessante ocorrido por lá, foi quando um famoso jogador de futebol estava com uns amigos e um pequeno grupo de torcedores o insultaram achando que ele estava na gandaia a vésperas de jogos importantes. O engano foi tão grande, que ele chegou a publicar  na imprensa a nota fiscal. Sobre o que foi consumido. Pronto sucesso total para o bar. Agora um dos drinques mais pedidos é a saquerinha!


Serviços:

Bar Astor
Avenida Vieira Souto, 110 Ipanema
Tels.: 2523-0085
Funcionamento: De Ter a Qui das 18h00 as 02h00
                         Sex e Sab das 12h00 as 03h00
                         Domingo das 12h00 as 20h00
            

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Que Deus o tenha ao som de Rock and Roll

o famoso bartender, Vicente
Valeu velho louco! A noite carioca sentirá sua falta!



Dia muito triste do cenário rock and roll alternativo da cidade. Um dos ícones da noite bizarra do Rio acaba de nos deixar. Vicente do Empório de Ipanema do Rio, morreu hoje em decorrência de complicações em seu estado de saúde. Vicente lutava contra o câncer de fígado.

Seu semblante cerrado e sua cara caricata sempre remetiam aquelas noites que parecem que nunca terminam. Muitos já associavam a sua cara feia ao próprio bar, dizendo. "Ah hoje eu vou no bar do Vicente".

Mas hoje, o que teria tudo para ser mais uma noite burocrática do Empório, tornou-se uma noite aonde as pessoas custavam a acreditar na morte do Vicente. Pela primeira vez em quinze anos de Empório, recebi uma dose generosa de Jack Daniel's. Era em homenagem ao velho safado. Quer queira ou não ele estava lá hoje! E isso intimidava os mais afoitos. O ar era totalmente bucólico.

Seus serviços para a noite underground carioca persistiam há mais de vinte anos. Ninguém sabe ao certo quanto tempo foi. Amigos mais íntimos passaram na madrugada de hoje no bar para pegar alguns whiskies para celebrar durante o seu velório. Tenho certeza que se ele estivesse aqui presente, iria adorar a homenagem.

Fica aqui registrado todo o sentimento do Pequeno Observador a este grande ícone da noite alternativa carioca. Long Life Vicente! Amém!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

DIA MUNDIAL DO ROCK


A minha contribuição e homengaem ao nosso bom e velho Rock and Roll!
Long Life Rock and Roll!